Para pensar
Hoje é o dia que atingimos os recursos naturais disponíveis para 2017, isto é, a partir de hoje estaremos a consumir mais recursos que aqueles que o planeta consegue renovar num ano.
'Em 2015, foi 13 de agosto a marcar a preocupante passagem desse limite. Em 2000, a data em causa ainda estava prevista para setembro. Em 1975, as possibilidades esticavam até novembro. Ano após ano, consumimos, assim, com maior rapidez aquilo que a Terra nos pode continuar a oferecer.
Os principais fatores? O crescimento populacional, as crescentes emissões de carbono (resultantes da produção energética) e a má gestão dos oceanos e florestas.
O "Emitimos mais dióxido de carbono para a atmosfera do que aquilo que os nossos oceanos e florestas podem absorver. Pescamos e colhemos mais e mais rapidamente do que aquilo que conseguimos reproduzir e fazer reflorescer", explica, em comunicado, a Global Footprint Network (CFN), organização não-governamental dedicada à conservação da natureza responsável pelos cálculos que determinam a data em questão.
A CFN compara os dados fornecidos pelas Nações Unidas relativos à pegada ecológica do Homem (quantidade de recursos naturais explorados) com a capacidade do planeta de se regenerar, renovando recursos e absorvendo resíduos. Atualmente, as emissões de CO2 constituem 60 por cento da pegada geral da humanidade.
De acordo com o estudo da CFN, se a pegada ecológica da humanidade seguisse a tendência australiana nem cinco planetas iguais à Terra seriam suficientes para nos sustentar. Se seguíssemos o exemplo da Índia, ser-nos-ia, contudo, mais do que suficiente um único globo terrestre. Em geral, ao ritmo atualmente adotado, a população mundial exige quase duas Terras (1.6).'
Neste contexto surge a sequela do filme de Al Gore de 2006 “An Inconvenient Sequel: Truth to Power” (“Uma Sequela Inconveniente: Verdade ao Poder”) que faz o fast forward entre 2006 e 2017 mostrando que em termos políticos estamos pior com um Presidente que abandona um acordo internacional para salvar o planeta e que acha que “é tudo uma invenção chinesa para prejudicar a América” nomeando negacionistas para os principais cargos ambientalistas no seu pais, o maior poluidor do mundo.
O documentário chegou a ser adiado para incluir este novo dado que dá um excelente contexto para abrir o documentário. Ao longo do filme seguimos Gore em périplos pelo mundo, alertando para as alterações e para as formas de a combater. Mostrando-nos como tinha razão há 10 anos, quando o chamaram de “catastrofista militante”.
Apesar da politiquice Al Gore e o documentário procuram passar uma mensagem positiva: de que a humanidade tem já as armas que necessita para combater o aquecimento global e essas armas podem e serão utilizada Apesar dos políticos.
O filme já saiu nos EUA por enquanto ficamos com trailer:
Fonte: DN e Green Savers
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